29/12/2023
Acessar área logada
O Dia Mundial de Conscientização sobre Linfomas foi instituído com o objetivo de conscientizar a sociedade acerca dessa doença. Datado em 15 de setembro, esse momento desempenha papel fundamental na sensibilização sobre os sintomas, na detecção precoce e no acesso aos tratamentos.1
Essa ação global teve início em 2004 e, atualmente, é coordenada pela Lymphoma Coalition. As instituições dedicadas ao apoio a pacientes com linfoma destacam a importância de reconhecer e abordar os desafios emocionais e psicológicos enfrentados por essas pessoas, que não devem ser subestimados. 1
Gostaria de entender a importância dessa data para a conscientização sobre essa doença? Continue a leitura!
O dia 15 de setembro, foi designado como o Dia Mundial de Conscientização, resultado da colaboração de 83 grupos de pacientes que se uniram em um esforço sem fins lucrativos. O objetivo dessa iniciativa era disseminar informações sobre os Linfomas de Hodgkin e os Linfomas não-Hodgkin em todos os países, considerando que essa doença afeta mais de 1 milhão de pessoas em todo o mundo.1
Além disso, mais de mil pacientes são diagnosticados diariamente com linfoma. As campanhas para conscientizar o público tiveram impacto global geraram palestras para pacientes na Nova Zelândia, passeios de bicicleta na França e exposições de arte inspiradoras na Argentina, por exemplo. Em todos os países, são realizados fóruns para enfermeiros, médicos, pacientes e seus familiares.1
Apenas três anos após o início dessa iniciativa, em 2007, a Lymphoma Coalition lançou a campanha "Know Your Nodes" com o objetivo de instruir pessoas em todo o mundo sobre os gânglios linfáticos e os linfomas. Esse tipo de ação desempenha um papel crucial na educação dos pacientes, capacitando-os a compreender o funcionamento do sistema de defesa do organismo e incentivando-os a buscar ajuda profissional e tratamentos adequados.1
As estimativas para o número de novos casos de Linfomas não-Hodgkin (LNH) no Brasil, no período de 2023 a 2025, apontam para um total de 12.040 diagnósticos. Isso traduz um risco superior a 5 casos para cada 100 mil brasileiros, sendo 5.620 casos em mulheres e 6.420 em homens.2
O LNH figura como um dos tipos de câncer mais prevalentes atualmente.2
Quanto aos casos de Linfoma de Hodgkin (LH) no Brasil, durante o mesmo período de três anos, as projeções indicam um aumento esperado para 3.080 novos pacientes. Consequentemente, o risco estimado é de aproximadamente 1,41 casos para cada 100 mil habitantes, divididos em 1.580 casos em mulheres e 1.500 casos em homens.2
É importante notar que o LH ocupa a 20ª posição em termos de incidência quando comparado com outros tipos de câncer.2
Os Linfomas não-Hodgkin (LNH) e o Linfoma de Hodgkin (LH) pertencem a um grupo de doenças que engloba diversos tipos, sendo classificados com base no estágio e no subtipo específico de linfoma.3
Quando os pacientes apresentam aumento no tamanho dos gânglios linfáticos, é fundamental que busquem avaliação por um especialista a fim de determinar a causa desse aumento. Esse é especialmente o caso se esses linfonodos se apresentarem endurecidos ao toque e imóveis quando manipulados.3
Observe agora abaixo a importância de agir rapidamente!
O exame inicial realizado pelo médico especialista deve ser minucioso. O profissional médico irá examinar com palpação áreas como o pescoço, as axilas, o abdome e a região da virilha, onde é mais fácil detectar a presença de nódulos.3
No entanto, é importante destacar que os gânglios linfáticos também podem crescer em áreas menos acessíveis, como o tórax e o abdome, tornando-os praticamente imperceptíveis durante o exame físico.3
Para estabelecer o diagnóstico de Linfoma não-Hodgkin (LNH) e Linfoma de Hodgkin (LH), é necessário realizar uma biópsia cirúrgica da área afetada, da qual será retirado um tecido para posterior análise microscópica por um patologista experiente, especializado na identificação e classificação dessas doenças.3
Para uma avaliação completa, além da análise microscópica convencional, é essencial fazer também exames de imagem. Isso permite obter resultados mais precisos e confiáveis no diagnóstico.3
Quanto mais cedo se inicia o processo de diagnóstico, mais rapidamente o médico pode avaliar a extensão do linfoma, determinar o aumento dos gânglios linfáticos e, quando apropriado, solicitar a biópsia para confirmar se se trata de um Linfoma de Hodgkin (LH) ou um Linfoma não-Hodgkin (LNH).3
Em casos raros, pode ser necessário realizar uma biópsia da medula óssea e remover uma pequena amostra do osso da região lombar para determinar se ela foi afetada pelo linfoma.3
Ao realizar um diagnóstico precoce do linfoma, os especialistas podem utilizar tomografias computadorizadas para acompanhar a extensão e o crescimento da doença. No contexto dos linfomas agressivos, a modalidade complementar de imagem atualmente empregada é a tomografia por emissão de pósitrons, conhecida como PET-CT.3
Por meio dessas avaliações periódicas, é possível identificar o aumento de nódulos ou o envolvimento de órgãos ao longo do tempo.3
A detecção precoce desempenha um papel crucial na melhoria das chances de cura.3
Atualmente, os linfomas agressivos demonstram uma eficácia razoável no tratamento com regimes de quimioimunoterapias. No entanto, em casos refratários ou com recidiva da doença, pode ser necessário recorrer a opções terapêuticas mais avançadas, como o transplante de medula óssea ou a terapia CAR-T.3
Quando um paciente é diagnosticado com linfoma, ele tem a oportunidade de buscar apoio psicológico para lidar com emoções como desânimo, ansiedade e negação.3
Da mesma forma, os familiares podem contar com a assistência de profissionais para obter esclarecimentos e orientação quando se encontram em um momento de vulnerabilidade. Afinal, o suporte emocional desempenha um papel fundamental na superação das dificuldades enfrentadas nesse contexto.3
Os sintomas B dos linfomas são perda de peso repentina em um curto período de tempo, febre, prurido, astenia e suores noturnos que deixam as roupas encharcadas e transpiração intensa no período diurno. Esses sinais se relacionam com alguns fatores de risco, por exemplo, doenças infecciosas ou autoimunes, contatos com herbicidas, exposição à radiação e histórico familiar.5
A terapia CAR-T é uma forma de imunoterapia que tem como objetivo capacitar o sistema imunológico dos pacientes para reconhecer e combater os linfomas. Essa abordagem utiliza as próprias células de defesa do paciente (células T), modificadas com receptores de antígeno quimérico (CAR), para atacar o câncer.4
Veja a seguir mais detalhes sobre esse tratamento!
O tratamento envolve o uso de moléculas chamadas CARs, que têm a capacidade de identificar e eliminar os antígenos presentes na superfície das células dos linfomas.4
Para administrar essa terapia, os especialistas retiram as células T do paciente e as modificam geneticamente para que elas passem a expressar o CAR, são então cultivadas em laboratórios até que se multipliquem em bilhões. Posteriormente, essas células modificadas, agora chamadas células CAR-T, são reintroduzidas no organismo do paciente.4
O procedimento realizado para coletar as células T é conhecido como leucaferese e pode levar de 3 a 4 horas. Em seguida, essas células são encaminhadas para um laboratório onde são modificadas para combater os linfomas.4
Após alcançarem a multiplicação necessária, essas células são congeladas e transportadas para os locais de tratamento.4
Poucos dias antes da infusão das células CAR-T no organismo, o paciente inicia um regime de quimioterapia em baixas doses. Em seguida, essas células geneticamente modificadas são introduzidas no corpo por meio de um acesso venoso central, onde se multiplicam e atacam o linfoma.4
É importante destacar que essas terapias já receberam aprovação e certificação em escala global para o tratamento de Linfomas não-Hodgkin de Células B e Leucemia Linfoblástica Aguda B, incluindo o Brasil.4
Conseguiu entender a relevância do dia mundial de conscientização sobre linfomas e a importância do diagnóstico precoce? Então comece a acompanhar o portal Terapias Celulares para ter acesso a mais conteúdos atualizados sobre o tema. Em nosso site, você descobrirá as novidades sobre o CAR-T e acompanhará os avanços da terapia celular.
Achou interessante? Continue por aqui e entenda quais são os tratamentos para linfoma e como eles funcionam!
Referências